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A pulsação da Casa: unidade e pertencimento em detalhe, com Chanelle Murray

Nov 21 2025

Eu visitei recentemente uma das nossas igrejas Hillsong e tive o privilégio de conhecer um homem cuja história me marcou. Nascido e criado na Índia, em um lar hindu, ele não cresceu na igreja.

O cristianismo era algo novo para ele — mas, depois de encontrar Jesus, sua vida mudou.

Ele havia visitado duas localizações da Hillsong em dois países diferentes. O que mais o impactou não foi o tamanho dos auditórios nem a música, foi o coração que ele sentiu nas pessoas.

“Eu senti que pertencia ali,” ele me disse. “Mesmo sem saber o que acontecia nos bastidores, eu podia sentir esse pertencimento nos detalhes.”

Isso me tocou profundamente. Em um mundo muitas vezes marcado pela divisão, ali estava alguém experimentando a unidade e o pertencimento pelos quais oramos — simplesmente por ter entrado pelas nossas portas.

Com esse momento no coração, conversei com Chanelle Murray, uma de nossas pastoras de campus no Campus Hills, na Austrália. Desde o início, vejo nela uma convicção apaixonada por construir igrejas que se pareçam com o céu, onde toda cultura, idade e origem podem encontrar um lugar para pertencer.

Aqui está uma parte da nossa conversa.

Tornar-se consciente: o chamado vitalício ao pertencimento

Quando perguntei a Chanelle o que despertou sua paixão por unidade e pertencimento, sua resposta veio de sua própria experiência como mulher negra que cresceu em uma região suburbana da Austrália.

“Não foi algo que começou de repente. É algo do qual sempre precisei estar consciente — na escola, na universidade, no trabalho. Sempre fez parte da vida.”

Ela falou com sinceridade sobre muitas vezes se sentir como uma estranha. E, no entanto, quando chegou à igreja Hillsong aos dezesseis anos, algo mudou.

“Foi o primeiro lugar onde vi a beleza da diversidade refletida na adoração, na comunidade. Eu pensei: o Reino de Deus deve ser assim.”

Aquela sensação inicial de pertencimento acendeu algo mais profundo em seu coração — o desejo de ver aquela diversidade do Reino cultivada, protegida e defendida.

Ouvir Primeiro: liderar com humildade

Perguntei sobre alguns desafios que ela já enfrentou nessa área, e ela compartilhou uma história de quando ainda era uma jovem adulta, e como isso ainda a impacta hoje.

Como jovem líder de adolescentes, Chanelle foi designada para ministrar para jovens vindos de contextos muito difíceis. “Precisei aprender rápido”, ela contou.

“O que eu tinha vivido era completamente diferente do que o que eles tinham. Meus conselhos nem sempre faziam sentido para eles.”

Essa experiência moldou sua forma de pastorear hoje:
“Faça perguntas primeiro. E depois, mais perguntas.”

Suas palavras me lembraram Tiago 1:19 (NVI):
“Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar…”

A humildade está no coração da unidade.

Uma visão bíblica do corpo

Quando perguntei qual passagem bíblica sustenta sua convicção, Chanelle apontou para 1 Coríntios 12, o texto sobre o Corpo de Cristo:

“Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um único Espírito. O corpo não é feito de um só membro, mas de muitos… Se todo o corpo fosse olho, onde estaria a audição?” (v.12-14,17 NVI)

Sua conclusão:

“Precisamos uns dos outros. Vozes diferentes. Histórias diferentes. Pensamentos diferentes. Grandes mentes não pensam todas de forma igual.”

No Reino, as diferenças são essenciais.

Jesus: o modelo de pertencimento radical

Chanelle descreveu Jesus como o maior exemplo de acolher quem está à margem.

“Às vezes complicamos as coisas,” ela refletiu – “mas Jesus viveu de forma simples: Ele via as pessoas. Caminhava com elas. Recebia aqueles que ninguém mais receberia.”

Um exemplo marcante está em Lucas 17, quando Jesus curou dez homens leprosos. Esses homens viviam à margem da sociedade: ficavam fisicamente isolados e eram esquecidos nas relações. Mas Jesus parou, viu-os e curou-os. O que aconteceu depois é uma revelação profunda:

“Um deles, quando viu que estava curado, voltou, louvando a Deus em alta voz. Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu. Este era samaritano. Jesus perguntou: “Não foram purificados todos os dez? Onde estão os outros nove? Não se achou nenhum que voltasse e desse louvor a Deus, a não ser este estrangeiro?’”—Lucas 17:15–18 (NVI)

Não é por acaso que Jesus destaca o que voltou: o estrangeiro, o samaritano. É mais um vislumbre de Seu ministério: chamar os que não são vistos e restaurar dignidade.

Uma igreja que nos enxerga

Um dos momentos mais lindos da nossa conversa foi quando Chanelle contou sobre uma experiência recente na Noite Sisterhood United. Um vídeo mostrava uma mulher estilizando o cabelo texturizado de outra. “Foram só alguns segundos”, disse ela, “mas eu mandei uma mensagem para uma pessoa na hora: ‘Se eu tivesse visto esse tipo de imagem no ensino médio, teria me sentido tão vista.’”
Pequenas coisas importam.

É nas pequenas escolhas — a imagem na tela, a palavra dita no palco, o rosto que nos recebe na entrada — que as pessoas sentem pertencimento.

Gerações juntas

Chanelle também ficou radiante ao falar sobre a geração mais velha no Campus Hills:

“Temos pilares de oração em nossa igreja — homens e mulheres que nos sustentam semanalmente. Nós não somos apenas uma igreja jovem. E isso é algo do qual devemos nos orgulhar.”

Esta é a beleza de uma igreja multigeracional.

O Salmo 145:4 diz: “Uma geração contará à outra a grandiosidade dos teus feitos; eles anunciarão teus atos poderosos.”

A unidade é mais rica quando as gerações caminham juntas.

Ser mulher na liderança

Quando perguntei como é liderar como mulher, Chanelle foi honesta:
“Acho que muitas mulheres se desqualificam antes mesmo de começar. Elas acham que precisam estar totalmente prontas. Mas não precisam.”

Ela sonha com uma igreja onde mais mulheres assumam seu chamado com ousadia — não depois de terem tudo resolvido, mas enquanto ainda confiam que Jesus vai guiar o caminho.

Uma só Igreja, uma só oração

Ao final da conversa, perguntei sobre a oração de Jesus em João 17:20b-21 (NVI):

“…para que todos sejam um, Pai, como Tu estás em mim e Eu em Ti.”

Sua voz suavizou:

“Eu amo esse versículo. Ele me lembra que em Cristo não existe ‘nós e eles’. Somos um. Essa unidade derruba barreiras — culturais, geracionais, relacionais.”

A unidade nos chama para avançarmos juntos.

Um lugar à mesa

Chanelle descreveu sua imagem favorita no Campus Hills: as mesas de banquete no saguão, especialmente na reunião das 18h.

“Não é só um ‘Bem-vindo à Casa’ na tela. É um convite real: venha se sentar. Conte-nos a sua história. Sua voz importa aqui.”

Isso, ela disse, é o que realmente faz um lar — não apenas uma porta aberta, mas ter um lugar à mesa.

O sonho: uma igreja que não precise dizer isso

Quando perguntei a Chanelle qual sonho Deus colocou em seu coração para a Hillsong, sua resposta foi simples e profunda:

“Que ninguém jamais precise perguntar se valorizamos a unidade e o pertencimento. Que eles vejam isso em todos os lugares. Em cada ambiente. Em cada detalhe.”

Que sejamos esse tipo de igreja, onde unidade e pertencimento não precisem ser explicados — simplesmente vividos.

Assim como o homem que encontrei naquele dia.
Assim como a Chanelle.
Assim como Jesus orou. Que sejamos um. (João 17:21 NVI)

Escrito por:
Gerente do Programa de Unidade e Pertencimento
Maria Hansen-Quine