O início de cada ano é uma oportunidade natural para refletirmos sobre as vidas que estamos vivendo. Diversos tipos de jejum são realizados, enquanto cristãos ao redor do mundo pedem a Deus clareza para o ano que se inicia. Meu desejo, ao fazermos isso, é que incluamos um pedido a Deus para que Ele nos oriente como comunidade global sobre como intensificar nossos esforços para alcançar unidade étnica e racial. Como citou nossa Pastora Global Sênior Lucinda em uma de suas mensagens recentes, “eu tenho fé nisso.”
Em João 17:21-23, encontramos uma das poucas orações registradas de Jesus. É uma oração bastante radical. Era contra a cultura da época e ainda é. Curiosamente, Jesus ora por todos nós, pela unidade. Não importa onde você viva no mundo, sua condição de vida, idade, raça, etnia, cultura, profissão ou chamado ministerial. A oração é para cada seguidor de Cristo que vive e que viverá. Só isso já é poderoso.
Encorajo você, nas próximas semanas, a ler algumas vezes a oração de Jesus pela nossa unidade. Medite nela. Veja em diferentes traduções das Escrituras. Leia livros que a analisem. Vamos analisar parte da oração na tradução A Mensagem:
“O alvo para todos eles é tornar-se um só coração e uma única mente.
Assim como tu, ó Pai, és em mim e eu em ti.
Para que possam ser um só coração e uma única mente conosco.
Para que eles estejam tão unidos como nós estamos.
Eu neles e você em mim.”
É importante notar que Deus não ora por uniformidade. Uniformidade é algo completamente oposto à unidade. Uniformidade faz com que todos ajam da mesma maneira, é uma questão de semelhança. Se Deus quisesse que Sua criação fosse igual, isso faria parte de Seu design divino. Em vez disso, Jesus ora para que, em nossa diversidade, nos tornemos um só coração e mente. Deus quer que sejamos autenticamente quem Ele nos criou para ser, como humanos etnicamente e racialmente diversos. Ele quer que O amemos e O adoremos de acordo com Seu design divino para nós, como portadores de Sua imagem. Ele não quer que diluamos esse aspecto, porque, se o fizermos, essencialmente estaremos diluindo Seu design divino.
A realidade é que o trabalho pela unidade é uma jornada intencional e contínua. Aqui estão algumas considerações para você refletir e avaliar seus próprios esforços e jornada:
- Reflita se a unidade étnica e racial é uma prioridade dentro da sua comunidade da igreja.
- Reflita se você tem feito de Deus uma imagem sua, para parecer com a sua raça e etnia.
- Reflita se você está permitindo que a preocupação com o tema seja uma barreira, de tal modo que se torna um obstáculo para você realizar o trabalho. Você fica preocupado em errar, com o que você pode ter que abrir mão, em se sentir desconfortável, com o que os outros possam pensar, com a quantidade de trabalho necessário para alcançar a cura e a unidade étnica e racial.
Recentemente, conversei com meu amigo Dave Ware, que tem sido pastor de adoração em nossa igreja por muitos anos. Foi maravilhoso ouvi-lo compartilhar seu coração por Deus, pela adoração e pela unidade. Lembro-me especialmente de ouvi-lo falar sobre a composição da música “This I Believe, The Creed.” Ele se recorda de ter sido tocado pela diversidade étnica e racial no auditório, com muitas pessoas presentes. Também lembra da sensação de unidade ao escrever as letras de uma música muito poderosa que todos conhecemos. Isso me lembra uma imagem linda ilustrada em outra música, “Good Grace” do Hillsong United:
“Um povo se reúne
Em um só sangue
Como irmãos
Filhos
De muitas nações
De gerações
Se unirão
Não me entrego ao medo
Ergo a cabeça
Olho para o alto
Com os olhos nesse amor
Deus me ama assim como estou
Coragem terei
Eu sei
Só nele eu esperarei”
E se adotássemos essa postura de coração para o trabalho da unidade étnica e racial? E se isso se tornasse parte da nossa oração? E se nos uníssemos com um só coração e mente para realizar o trabalho difícil e complexo da unidade étnica e racial?
Escrito por:
Maria Hansen-Quine, LASW, MSW Gerente Global de Diversidade e Inclusão Étnica e Racial da Hillsong
Reconhecemos todos os Povos Originários das lindas terras onde vivemos e celebramos seu conhecimento duradouro e conexões com o País. Honramos a sabedoria dos ancestrais passados e presentes.